Campeonatos Nacionais Absolutos e de Veteranos de 10 km e Taça de Portugal este sábado, em Porto de Mós
A Federação Portuguesa de Atletismo, com o apoio da Associação de Atletismo de Leiria e da Câmara Municipal de Porto de Mós, vai realizar ao final da tarde do dia de hoje (26/4) os Campeonatos Nacionais Absolutos de 10 km marcha (regulamento, aqui), a que se juntam ainda os Campeonatos Nacionais de Veteranos (regulamento da ANAV, aqui), também nessa distância, ambos os eventos com classificações individuais e coletivas, e a Taça de Portugal (regulamento, aqui), esta com a atribuição do troféu à equipa vencedora, em ambos os géneros, englobando os escalões de Sub-18 (5 km), Sub-20 e Absolutos (10 km).
Com a inscrição de 108 atletas nos três eventos, em representação de 42 clubes, provenientes de norte a sul do país e incluindo representações dos Açores e da Madeira, destaca-se, nos Nacionais Absolutos e no setor feminino, a presença da campeã em título, a benfiquista Vitória Oliveira, e no setor masculino, a do sportinguista Tiago Ramos, terceiro classificado na edição de 2024. O campeão em título, João Vieira (Sporting CP), não vai estar presente.
Relativamente à Taça de Portugal de Marcha, na edição do ano passado sagraram-se vencedores, tanto no setor masculino como no feminino, a Escola de Atletismo Moita Tejo, sediada no distrito de Setúbal.
Muito se lamenta que pela primeira vez nos seus 21 anos de história, a Taça de Portugal deixe de ser disputada autonomamente, perdendo-se, pois, uma soberana oportunidade competitiva, com prejuízo, principalmente (mas não só), para os jovens atletas num tempo em que por esse país fora há um número exíguo de provas e em que até a Final do Torneio Nacional Olímpico Jovem, em Viana do Castelo, evento de grandes tradições no atletismo jovem, a marcha atlética é o único dos 6 setores do atletismo (definidos pela FPA) que não tem aí qualquer representatividade nos Sub-18.
Pela complexidade que se reveste o triplo e simultâneo evento, com um diferenciado e algo complexo sistema de classificações coletivas, a Organização terá de ter um cuidado redobrado nesta área (no ano passado, em Bombarral, na Taça de Portugal, o clube vencedor foi desprovido de receber o troféu já que, por erro da organização – que mais tarde, e após protesto – acabou por reconhecer o engano, foi chamado ao pódio o clube segundo classificado.
Em março, com a assinatura do protocolo, no Salão Nobre da CM Porto de Mós, para a realização dos Campeonatos Nacionais de Marcha de 10 km e da Taça de Portugal, abrangendo também a edição de 2026 (outra vez, tudo em conjunto?) entre a Federação Portuguesa de Atletismo, a Associação Distrital de Atletismo de Leiria e a Câmara Municipal de Porto de Mós, o presidente da FPA, Domingos Castro, sublinhou que “Porto de Mós tem condições de excelência para se tornar na Capital Nacional da Marcha”.
Ora, esperemos que Porto de Mós possa corresponder às expetativas do presidente da FPA, uma cidade que já foi palco de momentos competitivos grandiosos com a queda ou o estabelecimento de recordes nacionais e mundiais através de Inês Henriques, campeã mundial em Londres (2017) e campeã europeia em Berlim (2018), e que tem recebido desde 2020 campeonatos nacionais da especialidade.
Por a prova ser uma das qualificáveis para o Ranking Mundial, cujos pontos poderão revestir-se de muita utilidade para os nossos principais marchadores, isto, com vista aos Campeonatos do Mundo de Atletismo, em setembro próximo (Vitória Oliveira, atualmente na 40ª posição, é a única especialista até ao momento em posição elegível), todos os 9 Juízes de Marcha que vão atuar efetivamente no evento pertencem aos Painéis da World Athletics.