Chéquia ultrapassa Portugal na qualificação para os Jogos de Paris
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| A partida da prova e a equipa vencedora constituída por Eliska Martínková e Vit Hlavác (CZE). Fotos: Pierce O’Callaghan e Česká atletika. Montagem: O Marchador |
Dublin foi cenário, no passado sábado (22/6), da primeira estafeta mista de marcha totalmente realizada em pista, evento que decorreu no emblemático Morton Stadium e que contou com a participação de 8 equipas com a vitória da Chéquia, uma formação composta por Vit Hlavác e Eliska Martínková naquela que terá sido a última janela de oportunidade com vista à definição das três últimas seleções nacionais com direito à presença nos Jogos Olímpicos de Paris.
A Chéquia realizou o tempo global de 3:02:09, com a principal formação do Quénia (Samuel Gathimba e Emily Ngii) a classificar-se na segunda posição com o tempo de 3:04:23, e a Grécia (Alexandros Papamichail e Panagiota Tsinopoulou) no terceiro lugar com a marca de 3:05:08, todas elas estabelecendo novos recordes dos seus países.
O conjunto checo, que em Antália, nos Mundiais de Seleções de Marcha, realizara o tempo final de 3:08:48, fora dos lugares elegíveis para Paris na medida em que foi penalizado com 4 minutos (4 faltas técnicas), desta vez não registou qualquer falta, passando a primeira das etapas (12.2 km) por Hlavác em 49:4910, a segunda (10 km) por Martínková em 1:35:22, e a terceira (10 km) por Hlavác em 2:16:22.
Comentando para o site da Federação Checa, Hlavác haveria de confidenciar que, vendo que ninguém se queria adiantar, foi ele o primeiro a abrir as hostilidades indo para a frente e de imediato ganhando uma vantagem de 200 metros sobre a concorrência com passagem aos 10 km em 40:50. Isso deu ânimo a Martínková (em Antália sofrera as 4 faltas), permitindo-lhe monitorizar melhor a sua técnica e mantendo a vantagem alcançada pelo seu companheiro de equipa.
Eliška Martínková, com o foco sempre centrado na sua própria técnica, aumentou o ritmo na segunda metade da derradeira etapa aproveitando a certo momento a companhia de atletas quenianas e no final mostrou-se muito satisfeita por ter terminado a prova sem qualquer registo de faltas.
Depois do dia 30 do corrente mês serão divulgadas oficialmente as três seleções nacionais (Peru, Equador e Chéquia) que se juntarão às 22 de Antália nos Jogos de Paris. Portugal é assim ultrapassada pela Chéquia e vê esfumado o sonho dos seus atletas em se qualificarem para os Jogos nesta nova disciplina do atletismo, não tendo havido, até ao momento, qualquer explicação por parte da FPA para o facto de nem sequer ter-se tentado ir a Dublin defender a sua posição de candidata. Lamentável!
A propósito, aquando dos Nacionais de Marcha de 10 km, em janeiro do corrente ano, Vitória Oliveira, que se sagrara campeã nacional, em entrevista ao jornal Record afirmava que iria colaborar para que Portugal tivesse nos Jogos duas equipas na estafeta mista de marcha. Seguem-se os Jogos, previsivelmente com o mais pequeno grupo de marchadores da delegação portuguesa (Ana Cabecinha e Vitória Oliveira), desde que José Pinto marcou a estreia da marcha atlética nuns Jogos Olímpicos, em Los Angeles 1984, com o seu surpreendente 8º lugar na prova dos 50 km.
Classificação
1.º, CZE – República Checa, 3:02:09
* Vít Hlaváč & Eliška Martínková
2.º, KEN 1 – Quénia 1, 3:04:23
* Samuel Kireri Gathimba & Emily Wamusyi Ngii
3.º, GRE – Grécia, 3:05:08
* Alexandros Papamichail & Panagiota Tsinopoulou
4.º, KZK – Cazaquistão, 3:07:02
* Georgiy Sheiko & Kristina Morozova
5.º, KEN 2 – Quénia 2, 3:12:19 p.z. 4 min.
* Dominic Samson Ndigiti & Silvia Jerono Kemboi
6.º, IRL – Irlanda, 3:13:34
* Brendan Boyce & Kate Veale
7.º, HKG – Hong Kong, 3:20:53 p.z. 3 min.
* Man Kit Chin & Siu Nga Ching
Desistente: All Stars
* Joe Mooney (IRL – Irlanda) & Arnika Nelson (NZL – Nova Zelândia)
