Os Juízes de Marcha nos Campeonatos do Mundo de Seleções de Marcha – Antália 2024
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A equipa de Juízes de Marcha em Antália: José Dias (JC), Wang Tak Fung, Hans van der Knaap, Rolf Müller, Sergio Solana, Shaun Gallagher, Zuzana Costin (S), Anne Fröberg, Ian Richards, Moonkess Jola e Can Korkmazoglu (AJC). Foto: LOC Antalya 2024. Montagem: O Marchador |
Os Campeonatos do Mundo de Seleções de Marcha Atlética que tiveram lugar no passado domingo (21/4), em Antália, na Turquia, com a realização de cinco provas da especialidade, uma delas com a estreia absoluta nesta edição do evento da estafeta mista de marcha atlética na distância igual à da maratona, registaram a participação de 390 atletas em representação de 52 países.
Nos 10 km Sub-20 masculinos, prova que abriu o programa do dia festivo, às 7:00 horas da manhã, dia esse que se revelou muito apropriadamente solarengo, participaram 51 atletas, seguindo-se, às 8:00 horas, a prova feminina do mesmo escalão e distância (49 atletas). Às 9:10 horas locais deu-se o tiro de partida para os 20 km femininos (70 atletas), às 11:15 horas a largada para os participantes na prova masculina dos 20 km (86 atletas) e depois, com o muito especial e esperado momento da realização da estafeta mista (67 equipas – 134 atletas), com partida às 12:55 minutos, disputada em 4 etapas, por um homem e uma mulher, alternadamente e por esta ordem.
Os Juízes Internacionais de Marcha do Painel Gold da World Athletics que atuaram em Antália foram: José Dias, (Portugal), Anne Fröberg (Finlândia), Wang Tak Fung (Hong Kong), Shaun Gallagher (Irlanda), Moonkess Jola (Maurícia), Rolf Müller (Alemanha), Ian Richards (Grã-Bretanha), Sergio Solana Sos (Espanha) e Hans van der Knaap (Países Baixos), com os outros dois juízes internacionais, também nomeados pela WA, Can Korkmazoglu (Turquia) a assegurar as funções de Assistente do Juiz-chefe, e Zuzana Costin (Eslováquia) a assegurar e a coordenar o trabalho de uma excelente equipa do Secretariado e da Zona de Penalização, todos eles munidos, uns, de aparelhos eletrónicos, que de forma rápida transmitiam as informações dos juízes – faltas assinaladas aos atletas e que eram colocadas em tempo real no gigante quadro eletrónico, outros, de aparelhos transmissores da indicação dos tempos de penalização e de notificação dos atletas desclassificados.
Neste grupo de juízes internacionais de elite não podemos, aqui, deixar de destacar especialmente José Dias, que teve a honra de se tornar no primeiro juiz de marcha português a assumir as funções de juiz-chefe (JC) numa grande competição internacional de marcha, isto, depois da sua primeira atuação num outro evento internacional da WA, os Mundiais de Sub-20, em Lisboa, em 1994 (passam-se 30 anos) e de ter igualmente desempenhado funções de JC em outras competições organizadas pela WA, nomeadamente, os Mundiais de Sub-18 de 2013 (Donetsk) e de 2017 (Nairobi).
Nas 5 provas de marcha foram registadas 365 notas de desclassificação (RC), 317 por suspensão (~), representando 86,85%, e 48 por flexão (<), representando 13,15%.
Especificamente considerando as provas individuais, nos 10 km Sub-20 masculinos houve 37 RC por suspensão (~) e 4 por flexão (<), não se registando desclassificações. Nos 10 km Sub-20 femininos, 27 (~) e 10 (<) e 1 atleta desclassificada. Nos 20 km femininos, 51 (~) e 15 (<) com 6 atletas desclassificadas. Nos 20 km masculinos, 72 (~) e 13 (<) com 3 atletas desclassificados.
Na estafeta mista, onde as notas de desclassificação se revelariam decisivas para o escalonamento das seleções com direito a passaporte olímpico, onde o que contava era, sobretudo, a solidez técnica dos atletas, aliada ao ritmo imposto no evento, foram produzidas 130 notas de desclassificação por suspensão (~) e 6 por flexão (<).
Em conclusão, 15 equipas não registaram faltas, com apenas 1 falta houve 13 equipas, com 2 faltas houve 13 equipas, com 3 faltas 15 equipas, com 4 faltas 5 equipas, e com 6 faltas 2 equipas, não havendo desclassificações a salientar sendo necessário para o efeito que cada equipa acumulasse 7 faltas.