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Imagens: World Athletics, DPA pa e Grana/FIDAL. Montagem: O Marchador |
A World Athletics, na sua comunicação do dia 5 do corrente mês de maio, anunciou que ratificou o recorde mundial estabelecido pelo japonês Toshikazu Yamanishi nos 20 km marcha, aquando dos campeonatos nipónicos da especialidade e que teve lugar na cidade japonesa de Kobe, a 16 de fevereiro do corrente ano, com o tempo de 1:16:10, sucedendo ao seu compatriota Yusuke Suzuki, que detinha o tempo de 1:16:36, desde 2015.
Recorde-se que nessa competição, além da medição do circuito ter sido feita por um membro do Painel Internacional de Medidores da World Athletics/AIMS, o júri da prova incluiu 5 Juízes Internacionais de Marcha do Painel de especialistas da WA do nível Ouro, além de 1 do nível Prata e de outros 3 do nível Bronze.
Já em sentido contrário, a WA informou que não foi ratificado o recorde mundial dos 5.000 metros marcha em pista curta, batido pelo atleta italiano Francesco Fortunato, a 22 de fevereiro último, em Ancona, durante os campeonatos italianos, estabelecendo então o tempo de 17:55.65 e superando a marca anterior de 18:07.08, que pertencia ao russo Mikhail Shchennikov, desde 1995, largamente publicitado, tal como a façanha do japonês, pela imprensa desportiva e generalista de Portugal e do mundo inteiro.
Ora, aqui, para percebermos os motivos da não validação da marca para efeitos de recorde do mundo, há que verificar o que indica o regulamento de competições da WA no seu ponto 31.19 quando estabelece que “pelo menos 3 Juízes terão de ser Juízes de Marcha da World Athletics do Nível Ouro ou Prata e assinarem o respetivo formulário”.
No caso em apreço, atuaram no evento 5 juízes especialistas de marcha italianos, 1 do Nível Silver, 2 do Nível Bronze e outros 2 do painel nacional, condição insuficiente para os efeitos mencionados, imaginando-se que a organização do evento não contasse com a possibilidade prática de ser estabelecido um novo máximo mundial.
Se tivermos em conta o caso de validação de recordes portugueses na disciplina em provas não olímpicas, a FPA estabelece no seu regulamento, como uma das condições necessárias, que o júri da prova integre, pelo menos, 3 juízes especialistas do Painel Nacional de Grau B ou de grau superior. Este ano, na pista curta, dois atletas estabeleceram novos máximos nacionais, que ainda aguardam ratificação por parte da Federação Portuguesa de Atletismo. A 22 de fevereiro, em Pombal, Vitória Oliveira (SLB) bateu o recorde nacional na prova de 3.000m marcha em pista curta, com o tempo de 12:13.99, e a 15 de março, também em Pombal, Eduardo Camarate (JV) bateu o recorde nacional Sub-20 dos 5.000m marcha em pista curta, com o tempo de 20:19.68.